Como enfrentar os desafios que o futuro próximo nos vai colocar à frente? Como estar preparado quando o momento chegar? Dois artigos da Scientific American deste mês de Novembro procuram dar resposta para dois importantes problemas que estamos prestes enfrentar.
Um desses problemas é a energia, visto que num futuro próximo o papel dos combustiveis fósseis irá desaparecer. Por duas razões: primeiro, porque a produção de energia por este método causa problemas graves de efeito de estufa que temos de controlar; segundo, porque o petróleo vai-se esgotar algures durante o presente século. Os cientistas Mark Z. Jacobson e Mark A. Delucchi propõem, então, um caminho para uma energia sustentável em 2030, utilizando apenas energias limpas e renováveis que não necessitam de tecnologia mais avançada do que aquela que temos hoje. O artigo pode ser lido aqui, ou visto numa versão interactiva.
Outro dos problemas tem que ver com a agricultura necessária para satisfazer as nossas necessidades alimentares, tendo em conta o crescimento de população que se verifica actualmente e se vai continuar a verificar durante as próximas décadas. Dado que não existe terra suficiente para satisfazer essas necessidades, e que, para além disso, a agricultura tradicional também contribui, devido a vários factores, para destruição do ambiente, o cientista Dickson Despommier considera que é necessário repensar o nosso sistema agrícola. Propõe então que a agricultura seja desenvolvida naquilo a que chama vertical farms, isto é, os produtos agrícolas cresceriam em prédios nas cidades e arredores, em vez de no campo. Despommier considera que este sistema tem várias vantagens face à agricultura tradicional, entre elas: redução das emissões de combustiveis fósseis; utilização de menos água; e o maior espaço que pode ser obtido através deste método, que poderá então corresponder às necessidades populacionais do futuro. É possível ler mais no site de Dickson Despommier.
Estas são propostas radicais, que à primeira vista parecem impossíveis de concretizar. Contudo, os autores discordam, considerando-as não só possíveis, mas também indispensáveis. No entanto, não é por as considerar mais ou menos realistas que as destaco, mas por exigerem que repensemos a forma como construimos o nosso futuro; chamando a atenção para o facto de esse futuro ter que ser um futuro sustentável, que possa ir ao encontro das necessidades das gerações seguintes.
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