Num dos últimos programas do Plano Inclinado, Isabel Soares valorizou algumas medidas da anterior Ministra da Educação, entre elas a implementação de aulas de substituição no ensino básico e secundário. As aulas de substituição são realmente uma excelente ideia, mas actualmente não fazem qualquer diferença, dado o estado em que está o ensino.
Estas aulas seriam uma medida adequada para implementar num ensino que já fosse excelente, faltando melhorar um ou outro pormenor. Actualmente, os professores não não são respeitados na sala de aula nem tentam impor autoridade, pois sabem que esta não é incentivada pelo sistema educativo que temos; os alunos não estão lá para aprender, porque já se aperceberam que a escola também não está lá para os ensinar. Neste estado de coisas, em que nem se consegue ensinar português ou matemática, como se quer manter os alunos atentos e interessados em aulas de pseudo-debate em que reina o barulho e a confusão?
As aulas de substituição só fazem sentido num sistema de ensino em que exista autoridade, respeito, interesse e motivação. Nesse caso sim, poderiam ser uma ajuda para melhorar os conhecimentos que são aprendidos nas disciplinas escolares, e implementá-las seria como colocar uma cereja no topo de um bolo já excelente. Como neste caso o bolo não presta, é irrelevante se tem ou não cereja.
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